Acordando numa manhã de segunda, ela se depara com a uma preguiça dominadora. Beira o delírio na incerteza do sonho e realidade. Algumas imagens vêm à sua cabeça e não consegue identificar se aconteceram ou não, mas são cenas fortes que a perturbam e mudam por completo a sua percepção. Ele me disse isso mesmo? Acho que não, mas eu ouvi da boca dele! Olha pro relógio e acorda num sobressalto: oito horas!!! Corre atrasada para o banho sem ao menos sentir a água escorrendo e refrescando o seu corpo suado. Estava dormindo, mas o mormaço era grande naquela época do ano. A cabeça doía depois de uma noite mal dormida. Enxugou-se depressa e, com o cabelo ainda molhado, vestiu a primeira coisa que viu pela frente. Nem teve tempo de se olhar no espelho para admirar a luz no seu corpo; como a nudez é bonita, mas nem tanto...Saiu de casa sem trancar a porta e pegou um taxi; precisava chegar à tempo-nove horas- e o relógio apontava oito e meia. Estava atribulada e preocupada com o seu compromisso, mas aquelas cenas ficariam no seu inconsciente o dia inteiro e quando o visse explodiriam como um derrame em sua cabeça. Era só uma questão de tempo para cair em si.
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