Tenso. Intenso. Extenso.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

O Engano

Uma luz fina atravessa as cortinas pesadas e batem na cama delineando o rosto bonito. Tão frágil, tão branco, tão linda! Parece mais um anjo que magnetiza todo o ambiente ao seu redor e o envolve num campo gravitacional. Ele estava dentro, observando de longe. Ele se aproxima da cama e consegue ouvir a respiração fraca dela; a luz denuncia um pano embebido de qualquer coisa entorpecente nas mãos dele; até que ponto eu cheguei por ela...e fica cada vez mais perto, mas, de repente, ele trai a si mesmo porque ela acorda e finge dormência. Ele hesita um pouco, recua dez centímetros. Os vultos do passado ecoam na sua cabeça, até que ponto eu cheguei, mas, num flash, sua cabeça escurece e seu corpo cai pesado no chão. O negro permanece em seus pensamentos por muito tempo e quando acorda, surpresa(!), está num beco pouco iluminado e úmido. Confuso, tenta se levantar, a cabeça explode de dor e a lembrança da pancada lhe vem. Encontra um bilhete no seu bolso que tem um a zero para mim escrito com a letra do seu anjo. No seu momento de recuo, ela o desmaiou estourando um copo de vidro na sua cabeça. Frágil, rá! Levantando com um meio sorriso na boca de deleite. Ela fora sub-estimada. E num transe de prazer ele percorre as ruas, perto do amanhecer, rindo consigo mesmo.

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