Tenso. Intenso. Extenso.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Começo, meio e fim

A cronologia faz sentido até o momento em que eles se encontram. Seus olhos firmemente fixados uns nos outros, cada um enxergando o âmago do outro e se reconhecendo no brilho das cores que se refletem na íris. Arco-íris. Cores que apaixonam, que convidam ao silêncio, à brandura, à admiração e à constatação de que momentos assim são incontáveis quando se está junto um do outro.

Contar. Contar os batimentos cardíacos, os suspiros, as risadas. Contar para quê se nada é de se pensar quando estão juntos, mas de se sentir.

Sentir. Flutuar em contato com a cama, com o chão, com a parede. O atrito existe, mas é ignorado porque se olham e se entregam a mais uma dose de esquecimento das coisas mesquinhas da vida.

Mas a sensação de bem estar era pertubadora demais. O medo. A intensidade assustou o que se achava ferido por demais e a distância apareceu na história.

Distância.

Distante.





D-i-s-t-a-n-t-e-s.
Os dias voltaram a obedecer um calendário e as horas a serem contabilizadas.
Contar voltou a ser uma constante.

domingo, 20 de novembro de 2011

Dia Azul

Olha para o céu
na tentativa de ser iluminada
com algo de fora, algo grandioso.
Mudar de planos, sublimar a realidade.
Encara o céu
e mergulha em pensamentos desconexos.
Volta à realidade e se depara com um azul sem limites.
Hoje não é dia para nuvens.