Da janela dava para ver o céu se abrindo no clarão matinal e fundindo-se com o mar. Era de uma imensidão perturbadora. Ela olhava e mergulhava mais nos seus pensamentos. O lençol ficava frouxo entre suas mãos deixando mais partes de sua pele aparecer... De carne e osso, é disso que sou feita e tentava não julgar o que houvera há pouco.
-Você fica linda nessa luz.
Ela saiu do seu casulo e sorriu para ele de onde estava. Fitou-o. Sabia que vivia um daqueles momentos que não voltam ou que dificilmente se repetem. Parou de pensar e foi até ele. Sentou ao seu lado e fechou os olhos para tocá-lo numa tentativa de intensificar o prazer que corria pelo seu corpo ao tateá-lo. Sentir. Eu não sinto há tanto tempo e como é fácil para ele me reanimar só me olhando. A vida parecia entrar nela pelos ouvidos quando deitava em seu peito e escutava o seu coração bater.E foi isso que ela fez e divagou imaginando o sangue fluindo entre as veias, tecidos, órgãos...Existir é tão frágil... abriu os olhos para mergulhar nos dele. Poderia ficar anos só olhando e deixando-se olhar. Para quê ficar na defensiva se não faz mais sentido hesitar. Ele a tinha de corpo e alma e ela a ele. Mas será mesmo? Que importa...e mergulharam juntos no agora.
Agora sim tem que mostrar ficou muito
ResponderExcluirbom eu quero ver os outros ai também.
;***
gostei muito do fluxo de consciência. =*
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